domingo, 3 de janeiro de 2010

Chuva, amizade







        O Natal chegou e com ele a chuva! Lentamente o sol deixa seu reinado, que de maneira tímida, sede espaço para as nuvens pesadas de chuvas que escurecem a manhã do Sertão, são as chamadas chuvas de verão, que no Nordeste, são chamadas de chuvas de inverno. Ainda que o calendário informe a chegada do verão, aqui, na Região Meio- Norte do Brasil, para todos os efeitos, a chuva é sinal de inverno!
        Hoje, 30 de dezembro de 2009, acordei com barulho de chuva. Para mim, acordar com o barulho de chuva, faz lembrar-me de momentos felizes da minha infância, essa sensação, uma espécie de magia, faz-me suspirar e inaugurar o dia com um sorriso, deixando imprimir em meus passos o ritmo das notas do Bolero de Ravel, transformando meus minutos do amanhecer em minutos repletos de tonalismo. Essa alvorada brindada de natureza exuberante fez-se completa quando, ao abrir minha caixa-postal eletrônica, deparei-me com e-mails de pessoas queridas. Alguns, contando-me como foi seu Natal, outros, relatando suas viagens para cidades maravilhosas, que encantam meus olhos só de olhar as fotos digitais! Se eu tivesse clones meus, seria capaz de enviar um para cada lugar daquele!
      Meu encanto por viagens não é de hoje, minha mãe conta que eu sempre tive essa vocação para viajar, ela fala que eu desde muito pequena gostava de “ bater perna no mundo”, se me chamasse para ir na esquina, eu já estava com uma mala pronta, segundo ela, a minha mala não passava de duas calcinhas, um pente de cabelo e uma sandália, risos... quem me dera eu conseguisse fazer hoje uma mala tão compacta! Risos... Depois que cresci, a vontade de viajar só aumentou, o problema é que a mala cresceu imensamente também.
      Mas... voltando aos e-mails dessa manhã encantadora, faço questão de registrar dois: um que descrevia uma cidade do interior do Nordeste e outro que descrevia a cidade de Las Vegas, duas cidades extremamente interessantes e ambas reflexos do Capitalismo, uma em apogeu, outra em declínio. Confesso a vocês que, se existisse teletransporte, já estaria com as malas prontas para conhecer as duas cidades, mas como não existe, por enquanto, fico por aqui, admirando a chuva da janela, enchendo o peito de emoções, revivendo o tempo de infância e viajando em pensamento com as mensagens que recebo, pois nesse tipo de viagem a nossa mala está sempre pronta, a imaginação é quem faz o roteiro e nela a gente pode tudo!













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