terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tempo corrido





Se o tempo é invenção humana, quem foi o danado que inventou 24 h? Quero 48 h! Pronto, 48h, assim volto a ter tempo para escutar o pássaro que canta na minha janela pela manhã.




domingo, 24 de janeiro de 2010

Amor



O amor... o amor é tão leve que nem notamos quando ele chega.
A sutileza do amor é o bálsamo que cura as feridas.
A alma torna-se leve com a presença do amor.
O amor é muito mais que paixão, a paixão é apenas um tempero que a alma experimenta.

ASF

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Samba de uma alma solar





Samba de uma alma solar

Reflexos do sol na minha alma,
Alma felina,
Sol iluminando meus desejos,
No olhar de cada dia.
São assim os meus passos ... passos de uma menina,
Pula aqui , tropeça acolá,
Tropeço aqui, sambo acolá...
São passos,simplemente passos,
passos apressados com molejo e sabedoria,
É um samba que me faz cantarolar,
Uma MPB que me põe a cantar
E eu sigo assim, com jeito de encantar.
Minha alma solar domina o meu ritmo de andar.
É o sol, é euforia,
É alegria no cheiro do meu dia.
Desenhando minhas letrinhas.
Pula rotina, salta as horas,
Meus pés são meus guias,
A alma a bússola,
O sentimento, o meu diário,
o desejo, meu traçado,
No projeto com alegorias.
Sou forte porque aprendi a sorrir,
Danço com passos pequenos,
Vou seguindo assim,
Um sorriso aqui, outro acolá,
Enrredo de um samba.
Pulo, rebolo e danço,
A s letra da minha música.
Nesse enrredo,
Copei algumas letras, invento outras
E assim continuo dançando,
nas horas da vida,
Como um sol a brilhar!

ASF

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Gabriela Mistral


                                   Um pouco da poesia de GABRIELA MISTRAL

       
Gabriela Mistral foi uma grande poetisa, ela é uma mistura de alegrias e tristezas.


"Gabriela Mistral, pseudónimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña, 7 de abril de 1889 — Nova Iorque, 10 de janeiro de 1957), foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena.

Foi agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.
Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e mágoa e recuperação. Lucíla nasceu na cidade de Vicuña, Chile, em 7 de abril de 1889. Seu pai abandonou a família quando Lucíla completou três anos de idade. A mãe de Lucila faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago (1914) com Sonetos de La muerte, sob o pseudônimo de Gabriela Mistral,cuja escolha deu-se em homenagem aos seus poetas prediletos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral."
fonte: ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriela_Mistral)


POEMAS:

O PRAZER DE SERVIR - Gabriela Mistral


"Toda a natureza é um anelo de servir.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu;
onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu;
onde haja um trabalho e todos se esquivem,aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre
os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de ser justo;
mas há, sobretudo, a maravilhosa,
a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito,
se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para se iniciar!
Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caias no erro de que somente há méritos
nos grandes trabalhos; há pequenos serviços
que são bons serviços;
adornar uma mesa arrumar teus livros,
pentear uma criança.
Aquele é o que critica;
este é o que destrói:
sê tu o que serve.
O servir não é faina de seres inferiores.
Deus que dá os frutos e a luz, serve.
Seu nome é : "Aquele que serve".
Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e
nos pergunta a cada dia: Serviste hoje?
A quem? À arvore? A teu irmão? A tua Mãe?"


                BESOS

Hay besos que pronuncian por sí solos

la sentencia de amor condenatoria,
hay besos que se dan con la mirada
hay besos que se dan con la memoria.

Hay besos silenciosos, besos nobles
hay besos enigmáticos, sinceros
hay besos que se dan sólo las almas
hay besos por prohibidos, verdaderos.

Hay besos que calcinan y que hieren,
hay besos que arrebatan los sentidos,
hay besos misteriosos que han dejado
mil sueños errantes y perdidos.

Hay besos problemáticos que encierran
una clave que nadie ha descifrado,
hay besos que engendran la tragedia
cuantas rosas en broche han deshojado.

Hay besos perfumados, besos tibios
que palpitan en íntimos anhelos,
hay besos que en los labios dejan huellas
como un campo de sol entre dos hielos.

Hay besos que parecen azucenas
por sublimes, ingenuos y por puros,
hay besos traicioneros y cobardes,
hay besos maldecidos y perjuros.

Judas besa a Jesús y deja impresa
en su rostro de Dios, la felonía,
mientras la Magdalena con sus besos
fortifica piadosa su agonía.

Desde entonces en los besos palpita
el amor, la traición y los dolores,
en las bodas humanas se parecen
a la brisa que juega con las flores.

Hay besos que producen desvaríos
de amorosa pasión ardiente y loca,
tú los conoces bien son besos míos
inventados por mí, para tu boca.

Besos de llama que en rastro impreso
llevan los surcos de un amor vedado,
besos de tempestad, salvajes besos
que solo nuestros labios han probado.

¿Te acuerdas del primero...? Indefinible;
cubrió tu faz de cárdenos sonrojos
y en los espasmos de emoción terrible,
llenaron sé de lágrimas tus ojos.

¿Te acuerdas que una tarde en loco exceso
te vi celoso imaginando agravios,
te suspendí en mis brazos... vibró un beso,
y qué viste después...? Sangre en mis labios.

Yo te enseñe a besar: los besos fríos
son de impasible corazón de roca,
yo te enseñé a besar con besos míos
inventados por mí, para tu boca.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Teus olhos

           
Teus olhos estão a me vigiar...
Tua retina, ah... tua retina...
observa-me como uma Deusa do Sol.
Sou o teu sol a brilhar,
esquento-te com meu calor,
que começar no olhar.

ASF

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fazer Poesia





Fazer Poesia


Fazer poesia é permitir que a alma dance ao ritmo dos sentimentos.
A poesia não sabe o que é liberdade, pois no mundo das letras, não existe amarras, a liberdade não é um direito, é a própria realidade.
O pensamento pode tudo, é livre como uma gaivota sobrevoando o mar. Nele, o espaço é infinito, a poesia, suas asas.
Ah poesia... tu és tão leve que podes habitar infinitas almas sem que sejas notada, a sua leveza é tão sutil que se confunde com a própria alma. Olho pra dentro de mim e já não sei mais quem é poesia e quem é alma.
Que a poesia sempre exista, que os sentimentos tenham formas, que a vida seja eternamente uma poesia e possa, com a alma, flutuar.





terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Manuel Magallanes Moure





 Esta é a minha homenagem ao poeta chileno Manuel Magallanes Moure, sou apaixonada por seus escritos, conheci seus escritos há muito tempo atrás, e então me apaixonei.

"...Amor que tornas, entra. Te aguardaba.
Temía tu regreso, y lo deseaba.
Toma, no pidas, porque tuyo es todo..."


En 1914, ele  foi jurado dos "Juegos Florales" do Chile, quando Gabriela Mistral obteve seu primeiro prêmio com seu poema.  É emocionante a história das cartas de Gabriela Mistral a Manuel Magallanes, ela redeu muita poesia.



"Los Juegos Florales de Chile eran una antigua celebración primaveral organizada por la Federación de Estudiantes de la Universidad de Chile en la ciudad de Santiago de Chile. Su principal y más famoso concurso, era el literario, en el cual concursaron los poetas y escritores chilenos más importantes de comienzos del siglo XX. El año 1914 lo ganó Gabriela Mistral con "Sonetos de la muerte", y en 1921 Pablo Neruda con su "Canción de la fiesta"."


Curta alguns poemas deste grande poeta.

Apaisement


Tus ojos y mis ojos se contemplan
en la quietud crepuscular.
Nos bebemos el alma lentamente
y se nos duerme el desear.

Como dos niños que jamás supieron
de los ardores del amor,
en la paz de la tarde nos miramos
con novedad de corazón.

Violeta era el color de la montaña.
Ahora azul, azul está.
Era una soledad el cielo. Ahora
por él la luna de oro va.

Me sabes tuyo, te recuerdo mía.
Somos el hombre y la mujer.
Conscientes de ser nuestros nos miramos
en el sereno atardecer.

Son del color del agua tus pupilas:
del color del agua del amar.
Desnuda, en ellas se sumerge mi alma,
con sed de amor y eternidad.


Mañana gris


Flota la niebla sobre el mar.
Flota la niebla
y es como un sueño blanco y misterioso
vagando sobre un alma entristecida;
como el vapor de un sueño melancólico
al aclarar de un triste día.
Flota
la niebla.
Sobre el mar la niebla es como
un ensueño flotando sobre una alma:
un ensueño muy íntimo, muy hondo
y muy blanco, por cuya blanca bruma
fuera temblando un desfilar borroso
de pensamientos tristes, como sombras
al través de la niebla; y en el fondo
de aquel ensueño blanco, lentas, lentas
van las barcas. Aquellas que ni al soplo
del viento, ni al empuje formidable
del vapor abandonan su reposo.
Aquellas que se mueven solamente
cuando se arquean los fornidos torsos
de los barqueros, y los remos se hunden
en el inflado vientre tembloroso
del agua.









domingo, 3 de janeiro de 2010

Chuva, amizade







        O Natal chegou e com ele a chuva! Lentamente o sol deixa seu reinado, que de maneira tímida, sede espaço para as nuvens pesadas de chuvas que escurecem a manhã do Sertão, são as chamadas chuvas de verão, que no Nordeste, são chamadas de chuvas de inverno. Ainda que o calendário informe a chegada do verão, aqui, na Região Meio- Norte do Brasil, para todos os efeitos, a chuva é sinal de inverno!
        Hoje, 30 de dezembro de 2009, acordei com barulho de chuva. Para mim, acordar com o barulho de chuva, faz lembrar-me de momentos felizes da minha infância, essa sensação, uma espécie de magia, faz-me suspirar e inaugurar o dia com um sorriso, deixando imprimir em meus passos o ritmo das notas do Bolero de Ravel, transformando meus minutos do amanhecer em minutos repletos de tonalismo. Essa alvorada brindada de natureza exuberante fez-se completa quando, ao abrir minha caixa-postal eletrônica, deparei-me com e-mails de pessoas queridas. Alguns, contando-me como foi seu Natal, outros, relatando suas viagens para cidades maravilhosas, que encantam meus olhos só de olhar as fotos digitais! Se eu tivesse clones meus, seria capaz de enviar um para cada lugar daquele!
      Meu encanto por viagens não é de hoje, minha mãe conta que eu sempre tive essa vocação para viajar, ela fala que eu desde muito pequena gostava de “ bater perna no mundo”, se me chamasse para ir na esquina, eu já estava com uma mala pronta, segundo ela, a minha mala não passava de duas calcinhas, um pente de cabelo e uma sandália, risos... quem me dera eu conseguisse fazer hoje uma mala tão compacta! Risos... Depois que cresci, a vontade de viajar só aumentou, o problema é que a mala cresceu imensamente também.
      Mas... voltando aos e-mails dessa manhã encantadora, faço questão de registrar dois: um que descrevia uma cidade do interior do Nordeste e outro que descrevia a cidade de Las Vegas, duas cidades extremamente interessantes e ambas reflexos do Capitalismo, uma em apogeu, outra em declínio. Confesso a vocês que, se existisse teletransporte, já estaria com as malas prontas para conhecer as duas cidades, mas como não existe, por enquanto, fico por aqui, admirando a chuva da janela, enchendo o peito de emoções, revivendo o tempo de infância e viajando em pensamento com as mensagens que recebo, pois nesse tipo de viagem a nossa mala está sempre pronta, a imaginação é quem faz o roteiro e nela a gente pode tudo!













sábado, 2 de janeiro de 2010

Janelas


JANELAS


                 Quem na infância nunca brigou para ir na JANELA de um carro? Pois é... criança tem disso mesmo, quer sempre ir na JANELA! Andar no carro olhando o mundo de perto era sempre muito mais interessante. Recordo-me que meu pai levava toda noite os cinco filhos para passear em seu carro. Ficávamos muito felizes e esse era o termo utilizado por mim e por meus irmãos: passear! O passeio era nada mais, nada menos, que uma volta pela cidade de Teresina da década de 80, as paisagens não diferenciavam muito, mas o bom mesmo era conseguir ir na JANELA, meus pais inventaram até uma norma para disciplinar a ocupação do lugar na JANELA do carro. No calor de Teresina, ir na JANELA era tudo de bom, o vento era sempre mais intenso e as paisagens pareciam ficar bem mais próximas de nossos pequeninos olhos.
               Outro dia desses estava poeticamente pensando a respeito do vocábulo JANELA, e analisando o signo a que esse termo remete, observei que é por demais interessante, lembrei da moça feia de Chico Buarque que ficava na JANELA só pra ver a banda passar, recordei da casa de fazenda de meus avós, o famoso sítio BOM GOSTO, que com seus 11 quartos, 3 salas, 4 cozinhas e uma varanda de encher os olhos, deve possuir pelos menos 20 JANELAS, ah... quantas coisas passaram daquelas JANELAS, ás vezes, até pulava a JANELA, a que dava para a lateral da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, só pra esconder-se no seu quintal. Lembrei também da janela lateral do quarto de dormir de Flávio Venturini, ele vê um sinal de glória e um vôo de um pássaro, que magnífico, não? E o Gilberto Gil? Que vive impressionado em uma musa chamada de“ela” que vive esperando na janela. O Rei Roberto Carlos vive dizendo que da JANELA ele pode ver a liberdade da estrada e seus pensamentos voam livres, essa JANELA do rei é muito chique mesmo! E nos filmes? Sempre tem uma fofoqueira que vive na JANELA, afinal, é da JANELA que se vê o mundo passar...
               Depois que eu cresci, veio uma criatura com o nome de Bill Gates e inventou um tal de WINDOWS, lembro que a primeira vez que escutei esse nome “WINDOWS”, achei por demais poético e surreal, pensei até que era um poeta! Bom, poeta eu não sei se ele é, mas sua invenção é por demais poética, nessas JANELAS americanizadas a gente pode tudo, pode até ser poeta! Se eu ainda fosse criança, pensaria egoisticamente o seguinte: Oba! Agora inventaram uma janela só pra mim!Agora todo mundo pode passear na JANELA. Risos ... Imagino que as fofoqueiras de plantão adoraram essas novas JANELAS com nome americanizado, agora, elas terão muitas novidades! E a moça feia de Chico, ficou muito mais bonita, agora tem tanta banda tocando pra ela que vocês nem imaginam! E o Gil, não precisa nem ir mais na casa da musa, a janela dela está dentro da casa dele! Dizem por aí, que todo mundo anda pulando a JANELA e brincando de esconde-esconde, pode? E o REI? Agora seus pensamentos ficaram mais livres do que nunca, existe até uma estrada da informação só para seus pensamentos passarem, rei é rei!Quem duvida do poder de uma janela? Hoje todo mundo tem uma JANELA, ops... um WINDOWS, e eu? Já não brigo mais por um lugar na JANELA, simplesmente trabalho olhando pra JANELA, as pessoas falam comigo pela JANELA, estudo por meio de uma JANELA. Meus amigos, eles vivem deixando cartas na minha JANELA, que maravilha!Ah... são tantas JANELAS que parece até que vivo eternamente na encantada casa de meus avós ! Sinto muito Chico, nem toda moça que vive na JANELA é feia, risos... moça feia eu nunca fui e nem nunca serei, apesar de viver na JANELA. Valei-me, meu Deus! Será que virei fofoqueira? Ou será que estou virando criança outra vez? Mas, eu prefiro ser “ELA”, a musa de Gilberto, que vive esperando na JANELA, repleta de pensamentos livres pela estrada da informação iguaizinhos aos do rei Roberto Carlos! Salve, salve o WINDOWS! Salve essas tal de "JANELAS"!

Adriana Simeão Ferrreira.